ANDREI ALMEIDA
1978-2013
Também publicou:
“Seiva - Poemas Manuscritos” (Brasília: Thesaurus Editora. 2010)
ALMEIDA, Andrei. Elixir. Poemas vários. Introdução: Ana Cecília de Sousa Bastos. Rio de Janeiro: UniverCidade, 2002. 117 p.
ISBN 85-7439-027-5Ex. bibl. Antonio Miranda
“Andrei Almeida é um jovem poeta que experimenta a sua busca
de formas com grande liberdade e com aguda percepção das tensões
que nos constituem, entre o circunstancial e uma sonhada essência:
“que assim seja
eu sempre,
o que muda, e que nunca mudará...”
CINZAS
Apenas cinzas.
Queimadas ou puídas.
Assim são.
D´um lado, ar puro,
D´outro, fumaça,
sombra e escuridão.
Esfumaçado,
o ar deixa de ser
incolor.
Sol do dia, lua-noite.
Trilho ou trem?
maquinista a caminho.
Não consigo metáforas
Para explicar.
Caminho,
Aonde vou?
TENTADO
Não irei me conter.
Pelo contrário, devo contar.
Quem se contenta,
Com muito
com pouco não se tentará.
Aceito os fatos (da realidade?)
Sabendo que poderei mudar.
Que assim seja
eu sempre,
o que muda, e que nunca mudará...
Incontente, incontido.
Tentado.
SEMPRE
Sempre,
tento mostrar o que penso.
Nenhuma certeza,
só argumento.
Faço, nem sempre acerto.
Nem sei o que está perto.
Longe de mim,
fora de alcance.
Sempre...
SONHO COM SONO
Esperança
Logo depois de escrever.
O dia chega.
Insônia: melhor crer que já te venci
com estas palavras.
Sou noctívago?
Sou noctívolo?
Sou noctígrafo?
E nem sabia...
ASSIM MÉTRICA
Letras.
Juntas formam palavras,
se não lidas, caladas.
Se relidas, ficam faladas
à boca pequena.
— Mestre, e a métrica?
— Regras de condução...
Poetar, poetar, hipótese ou dedução?
(diga-me, quem sabe, qual é o futuro da
computação?
Ontem, talvez exagerado, revolucionário,
agora anão.
Rebelado sem rebelião.
*
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Página publicada em julho de 2021
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